(Notícias especializadas) — O cloridrato de polihexametilenoguanidina (PHMG) é um agente antimicrobiano poderoso cercado por narrativas contraditórias. Reconhecido pela elevada eficácia em ambientes industriais, viu sua imagem contaminada pelo desastre dos desinfetantes de umidificadores na Coreia do Sul. A chave está em separar os riscos ligados ao uso descuidado — como a inalação em forma de aerossol — das aplicações tecnicamente controladas, onde o composto continua indispensável.

Funções centrais na indústria
PHMG atua como biocida, desinfetante e preservante em processos que vão desde o tratamento de água até o beneficiamento de tecidos e a conservação de materiais suscetíveis à contaminação microbiológica. Seu mecanismo de ação antibacteriana baseia-se na desestruturação de membranas celulares, dificultando o surgimento de resistência microbiana — vantagem decisiva sobre muitos concorrentes químicos. Essa característica garante maior vida útil do produto acabado e reduz perdas por deterioração.

Segurança na prática industrial
Em ambientes controlados, onde não há inalação direta e os procedimentos estão normatizados, o perfil de risco do PHMG muda completamente. Em estações de tratamento de água, o composto é, na maioria das vezes, diluído e circula em sistemas fechados, com exposência mínima. Em acabamentos têxteis, fixa-se às fibras, reduzindo drasticamente a possibilidade de contato cutâneo ou respiratório. As propriedades do cloridrato — estabilidade térmica e baixa corrosividade — reforçam essa adequação operacional.

Fibrose pulmonar: quando o problema é o uso, e não a substância
O temor à fibrose pulmonar induzida por PHMG está inequivocamente associado à inalação prolongada de névoas concentradas. Foi exatamente esse cenário — desinfetantes domésticos pulverizados — que causou lesões respiratórias graves. Em aplicações industriais, desde que se elimine a forma aerossol, o mesmo efeito patológico não se observa. A diferença de exposição define o divisor entre risco aceitável e inaceitável.

O caminho da responsabilidade
Para explorar os usos desinfetantes do PHMG com segurança, é mandatário seguir normas técnicas específicas de cada setor, garantir rotulação transparente e investir em treinamento dos colaboradores. A indústria segue refinando protocolos toxicológicos; pesquisas em curso visam ajustar limites de exposição e consolidar o PHMG como auxiliar químico seguro e eficiente, sempre que aplicado fora de condições domésticas de alto risco.