O emergente campo da ciência do longevity tem colaboradores como o Mononucleotídeo de Nicotinamida (NMN) sob os holofotes. No entanto, o status regulatório do composto — especialmente nos Estados Unidos — tornou-se uma questão complexa e em constante evolução. Compreender esses desdobramentos é imprescindível tanto para consumidores quanto para empresas.

Inicialmente, a Food and Drug Administration (FDA) norte-americana classificava o NMN como suplemento dietético. Em meados de 2022, porém, a agência alterou seu posicionamento: argumentou que o ingrediente não pode mais ser vendido como suplemento, pois já havia sido objeto de investigação como novo medicamento antes de ser comercializado para esse fim — um cenário descrito como drug preclusion. A mudança gerou incerteza significativa e motivou ações como a retirada de NMN da Amazon. O debate regulatório gira, portanto, em torno da classificação dupla do composto, como suplemento alimentar ou como fármaco.

Entidades como a Natural Products Association (NPA) não aceitaram a nova orientação. Ações judiciais e petições públicas reforçam a tese de que o NMN deve permanecer legalizado como suplemento, enfatizando o amplo acesso dos consumidores e o histórico de presença no mercado. Ainda assim, a FDA segue demorando para apresentar respostas definitivas, criando um ambiente de expectativa. A própria agência informou pausas temporárias nas fiscalizações, mas o panorama continua dinâmico e pode mudar a qualquer momento.

Para o consumidor, vale destacar que — embora os Estados Unidos vivam impasses — o NMN permanece legalmente disponível em dezenas de países onde restrições semelhantes ainda não existem. Dessa forma, a variação global evidencia a complexidade da regulação de suplementos. À medida que discussões científicas e jurídicas avançam, manter-se atualizado torna-se essencial para tomar decisões responsáveis. Independentemente do país, a recomendação é buscar fornecedores credenciados que cumpram padrões rigorosos de qualidade.