A história da terapia de reposição de testosterona foi profundamente transformada pelo surgimento dos ésteres hormonais. O primeiro deles a ganhar relevância foi o Propionato de Testosterona (CAS 57-85-2), composto que revolucionou o tratamento do hipogonadismo e de outras condições associadas à deficiência de testosterona.

Lançado em 1937, o Propionato de Testosterona foi o éster anabolizante comercializado em maior escala. A injeção intramuscular permitiu liberação sustentada do hormônio, superando as limitações das administrações orais ou sublinguais — muitas vezes inativadas pelo metabolismo hepático rápido. A ação curta do éster exigia aplicações a cada dois ou três dias; mesmo assim, representou um avanço substancial que permaneceu dominante até o início dos anos 60.

Quimicamente, a esterificação da testosterona com o ácido propanóico aumentou sua lipofilicidade e modulou a taxa de absorção, alterando o perfil farmacocinético. O entendimento dessas propriedades químicas do propionato de testosterona abriu caminho para ésteres mais longos, reduzindo a frequência de injeções e melhorando a adesão do paciente.

Nas décadas seguintes, surgiram o enantato e o cipionato de testosterona — ambos com cadeias de ácidos graxos mais longas, absorção mais lenta e meia-vida ampliada, possibilitando intervalos semanais ou até quinzenais. Estas versões acabaram por substituir o Propionato na prática clínica rotineira, embora este continue indicado em contextos específicos e seja foco de pesquisas sobre a farmacocinética e o metabolismo de anabolizantes esteroides.

A trajetória desde o Propionato de Testosterona até os ésteres atuais traduz o progresso permanente da ciência farmacêutica. O aprofundamento nas relações estrutura-atividade reforça os estudos sobre segurança e ciência dos esteroides anabolizantes. Para quem busca compreender a terapia hormonal masculina, analisar o número CAS 57-85-2 do propionato revela pistas essenciais.

Em síntese, enquanto ésteres de ação prolongada prevalecem, o Propionato de Testosterona manteve importância histórica: popularizou a terapia com testosterona e estabeleceu a base das formulações avançadas utilizadas atualmente.