O emprego do talco em medicamentos e alimentos chama a atenção de autoridades e consumidores por igual, sobretudo em relação à segurança e às exigências legais presentes e futuras. Utilizado como excipiente eficaz na indústria farmacêutica e como aditivo alimentar corrente, o talco oferece características funcionais valiosas. Na fabricação de comprimidos e cápsulas, atua como glidante e veículo essencial, garantindo fluidez na produção industrial. No setor alimentício, sua principal função enquanto agente antiaglomerante preserva a qualidade e a textura de pós e misturas.

Contudo, a possibilidade de contaminação com asbesto — um carcinógeno reconhecido — levantou discussões acaloradas. Agências reguladoras em todo o mundo, como a FDA nos Estados Unidos, estabeleceram diretrizes rígidas e limites máximos de pureza para o talco destinado aos segmentos farmacêutico e alimentar. Para atender a tais normas, os fabricantes adotam processos de mineração e refino sofisticados, selecionando jazidas adequadas e aplicando métodos analíticos de ponta que garantem ausência de contaminantes indesejados. O talco farmacêutico deve, de obrigada, cumprir as monografias das farmacopeias USP e Ph. Eur., que fixam níveis máximos de impurezas permitidos.

O cenário regulatório continua em evolução, impulsionado por estudos sobre potenciais efeitos crônicos, como inflamação prolongada que possa derivar de exposições repetitivas. O consenso científico vem confirmando que o talco de grau farmacêutico, desde que produzido sob controles rígidos, é seguro para uso humano. Ainda assim, a presença residual desse mineral na cadeia alimentar demanda transparência total e monitoramento constante. Para as indústrias que dependem do talco, a solidez do processo começa no fornecedor: parcerias com distribuidores que garantem rastreabilidade, documentação técnica completa e observância integral da regulamentação são imperativos para salvaguardar a integridade dos medicamentos e alimentos que chegam ao consumidor final.