A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), comumente conhecida como próstata aumentada, é uma condição não cancerosa que afeta uma porcentagem significativa de homens mais velhos. À medida que a glândula prostática cresce, ela pode pressionar a uretra, levando a uma série de sintomas urinários que podem impactar a qualidade de vida. Embora a HPB não seja fatal, seus sintomas podem ser incômodos e requerem manejo.

Os sintomas da HPB podem incluir um desejo frequente de urinar, dificuldade em iniciar a micção, um fluxo fraco, acordar frequentemente à noite para urinar (noctúria) e uma sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. Esses sintomas surgem porque a próstata aumentada aperta a uretra, obstruindo o fluxo de urina.

As causas exatas da HPB não são totalmente compreendidas, mas as alterações hormonais associadas ao envelhecimento, particularmente o declínio da testosterona e o aumento relativo do estrogênio, acredita-se que desempenham um papel significativo. Andrógenos, como a di-hidrotestosterona (DHT), também contribuem para o crescimento da próstata. Essa compreensão da influência hormonal levou à investigação de várias abordagens terapêuticas, incluindo aquelas que modulam os níveis hormonais.

Em algumas regiões, particularmente no Japão, progestogênios sintéticos têm sido explorados por seu potencial no tratamento da HPB. A Alilestrenol, um progestogênio sintético conhecido por sua atividade progestacional e ausência de efeitos androgênicos, tem sido estudada por sua capacidade de ajudar a gerenciar os sintomas da HPB. O mecanismo proposto envolve seus efeitos antigonadotróficos, que podem levar a uma diminuição nos níveis de testosterona e di-hidrotestosterona. Ao reduzir esses andrógenos, a Alilestrenol pode ajudar a inibir o crescimento da glândula prostática e aliviar os sintomas urinários associados à HPB.

Embora as aplicações primárias da Alilestrenol sejam na obstetrícia, sua exploração em condições de saúde masculina como a HPB destaca as diversas ações farmacológicas dos progestogênios. Embora seu uso para HPB não seja tão difundido quanto outros tratamentos estabelecidos, como bloqueadores alfa ou inibidores da 5-alfa-redutase, representa uma área de pesquisa e interesse contínuos. Pacientes que experimentam sintomas de HPB devem sempre consultar um profissional de saúde para discutir as opções de tratamento mais apropriadas e eficazes com base em seu perfil de saúde individual.