O álcool etílico, conhecido como etanol, assume cada vez mais destaque como biocombustível renovável. Obtido principalmente por fermentação de biomassa como milho ou cana-de-açúcar, esse combustível representa uma alternativa sustentável aos derivados de petróleo, ajudando a reduzir emissões de gases de efeito estufa e aumentando a segurança energética.

A fabricação do etanol utiliza aqucares extraídos de vegetais. A cana-de-açúcar, referência no Brasil, e o milho, predominante nos Estados Unidos, são as principais matérias-primas. Após transformar amidos ou açúcares em substratos fermentáveis, leveduras convertem essas moléculas em etanol e dióxido de carbono. Em paralelo, avanços tecnológicos promovem a produção a partir de materiais celulósicos — resíduos agrícolas, madeira —, diminuindo ainda mais a competição com alimentos e aumentando a sustentabilidade do processo. Eficiência e produtividade são permanentemente afinadas para alimentar a crescente demanda mundial.

No setor de transporte, o etanol é adicionado à gasolina em proporções que vão do E10, mistura 10/90, ao E85, composto majoritariamente do biocombustível, permitindo a acomodação por motores adaptados. Em virtude de uma octanagem superior à da gasolina convencional, reduz batidas de pino e favorece melhor desempenho do motor. Adicionalmente, sua combustão libera menos monóxido de carbono e material particulado, contribuindo para ar mais limpo.

Os benefícios ambientais são expressivos. Em um ciclo tido como neutro em carbono, o CO₂ emitido durante a queima é parcialmente absorvido pelas plantas cultivadas para produção do etanol — contraste direto com os combustíveis fósseis. Tecnologias avançadas de etanol celulósico ampliam ainda mais essas vantagens, ao reaproveitar resíduos e liberar áreas antes dedicadas a grãos ou cana.

Além da mobilidade, o etanol é utilizado em lareiras residenciais para aquecimento e ornamento e como combustível portátil em fogões de camping, oferecendo alternativas domésticas menos poluentes. A ampla disponibilidade e custos decrescentes, potencializados por inovações em fermentação e destilação, transformam-no em opção estratégica tanto para a indústria quanto para o uso caseiro.

Em síntese, o etanol já é peça-chave no cenário energético renovável global. Produção sustentável, ampla aplicação em transporte e energia doméstica, além de benefícios ambientais substanciais, reforçam sua importância na luta contra as mudanças climáticas. A continuidade da inovação no setor promete consolidar ainda mais esse papel na transição para uma economia de energia limpa.