O processo de cicatrização envolve uma complexo emaranhado de células e sinalização molecular que precisam atuar em sintonia. Nos últimos estudos, o ácido nervônico surgiu como protagonista capaz de acelerar essa cascata de reparo, pois atua em frentes simultâneas: estimula tanto o renascimento de fibras nervosas (neurogênese) quanto a formação de novos vasos sanguíneos (angiogênese). Essa ação dupla converte-se em reparação tecidual mais rápida e completa.

Publicações recentes mostram que o composto protege células neurais contra o estresse oxidativo e mantém o alto desempenho das células de Schwann — verdadeiras responsáveis pela regeneração dos nervos periféricos. Ao aumentar a produção de fatores-chave como o Fator de Crescimento Nervoso (NGF) e o Fator de Crescimento Transformador-beta (TGF-β), o ácido nervônico garante que as fibras se regenerem com eficiência, retomando função e sensibilidade à região lesionada.

Em paralelo, pesquisadores confirmam que o ácido nervônico potencializa a angiogênese ao elevar maradores como o CD31 e o Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF). O reforço do suprimento sanguíneo transporta oxigênio e nutrientes até o leito da lesão, criando um microambiente propício ao trabalho de fibroblastos, queratinócitos e demais células reparadoras. A soma desses efeitos — nervos se recuperando paralelamente a vasos se formando — reduz tempo de cicatrização e melhora a qualidade da pele recém-formada.

Por fim, as implicações práticas do ácido nervônico na medicina regenerativa são expressivas. Trata-se de candidato promissor para feridas agudas e, sobretudo, para lesões crônicas como úlceras diabéticas, nas quais déficits vasculares e neuropáticos retardam o reparo. Conforme essa ciência avança, dominar o uso de compostos como o ácido nervônico pode levar o tratamento de feridas a níveis sem precedentes de eficácia e segurança clínica.