Compreender as consequências tanto da falta quanto do excesso de beta-caroteno é essencial para aproveitar seus benefícios sem colocar a saúde em risco. Como um carotenoide provitamínico A, o nutriente é indispensável para funções como visão, resposta imunológica e saúde da pele. Saber reconhecer os sintomas de carência ajuda a detectar lacunas na alimentação.

Entre os indícios mais frequentes estão a visão prejudicada — notadamente cegueira noturna — olhos ressecados e aumento da frequência de infecções. A pele também reflete a falta, apresentando ressecamento ou queratinização anormal. Esses sinais surgem normalmente em dietas pobres em frutas e vegetais amarelo-laranja ou verde-escuro e em condições que prejudicam a absorção de nutrientes. Portanto, enriquecer o cardápio com cenoura, batata-doce, espinafre e couve é a melhor prevenção.

O beta-caroteno costuma ser seguro, mesmo em quantidades relativamente altas, mas vale a pena conhecer os riscos da suplementação. Um exemplo clássico de elevação extremamente elevada é a carotenemia, condição benigna que deixa a pele amarelada – situação que regride ao reduzir o consumo.

O alerta maior se concentra no uso de suplementos sintéticos em altas dosagens, especialmente entre fumantes. Estudos apontam maior risco de câncer de pulmão nesse grupo, razão pela qual médicos recomendam que quem fuma evite cápsulas de β-caroteno e converse com um profissional antes de qualquer reposição. Isso reforça a diferença entre o nutriente natural, obtido da alimentação, e o sintético; além disso, quem toma medicamentos que afetam a absorção ou metabolismo deve verificar possíveis interações.

Para a maioria das pessoas, o caminho mais simples e seguro é manter uma alimentação equilibrada com alimentos fonte de beta-caroteno. Caso surja a necessidade de suplemento, a orientação de um profissional garante dose adequada e segurança individual.