O tetracloroetileno, na linguagem científica tetracloroeteno ou PCE, é um composto organoclorado de fórmula C₂Cl₄. Em condições normais, apresenta-se como um líquido incolor, denso e com um odor doce, distinguível mesmo em concentrações relativamente baixas. Sua estabilidade química, não inflamabilidade e grande capacidade de dissolver substâncias orgânicas explicam sua disseminação em processos como limpeza a seco e desengraxe metálico. A estrutura molecular — quatro átomos de cloro em lugar dos hidrogênios daeteno — confere resistência à hidrólise e relativa inércia em comparação a outros solventes clorados.

Do ponto de vista da segurança, o tetracloroetileno é classificado como matéria-prima que exige manuseio rigoroso. Embora não seja inflamável, sua inalação em concentrações elevadas pode produzir efeitos anestésicos e irritação respiratória. Exposições prolongadas ou intensas associam-se a possíveis impactos no sistema nervoso, no fígado e nos rins. Assim, organismos como a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) o classificam como provável carcinógeno humano (Grupo 2A). Isso impõe protocolos de segurança estritos, ventilação adequada e equipamento de proteção individual (EPI) sempre que ele é utilizado em plantas industriais ou lavanderias profissionais.

O arcabouço regulatório que envolve o tetracloroetileno está em constante evolução, com tendência à redução de uso e busca por alternativas mais seguras. Várias regiões já fixaram limites máximos de exposição ocupacional e incentivam práticas que minimizam emissões ao meio ambiente. O número CAS (127-18-4) é elemento-chave para identificação correta e conformidade com normas de gestão química. À medida que a indústria se adapta, pesquisadores prosseguem na análise das propriedades e aplicações do PCE, equilibrando desempenho técnico e avanço rumo a soluções mais sustentáveis e seguras. O horizonte aponta para uma descontinuação gradual do composto, substituído por alternativas eficazes e de menor risco toxicológico.