A gestão de lodos é um dos desafios mais onerosos e estratégicos no tratamento de efluentes. Reduzir seu volume e melhorar a separação sólido-líquida são prioridades para os operadores que buscam cortar custos e reduzir o impacto ambiental. O Poliacrilamida Catiónica (CPAM) tem ganhado espaço como alternativa líder para otimizar esse processo, graças aos ganhos expressivos de eficiência e economia que proporciona.

O sucesso do CPAM está na sua estrutura molecular e na carga catiónica. Ao ser adicionado ao lodo, o polímero atua formando pontes entre as partículas dispersas, criando flocos maiores e resistentes. Esses flocos aprisionam a água de forma eficaz e, ao mesmo tempo, criam canais que facilitam seu escoamento. Resultado: um bolo de lodo mais denso e seco, com menor retenção de umidade.

Um dos principais atrativos do CPAM é a redução acentuada do volume de lodo. Basta imaginar que, ao transportar menos massa úmida, a planta economiza combustível, horas de caminhão e taxas de disposição. Para muitas estações, essa economia torna o polímero um investimento de rápido retorno.

O benefício vai além: o CPAM aumenta a produtividade dos equipamentos de desidratação mecânica, como prensas de filtro, centrífugas e roscas extrusoras. A estrutura dos flocos melhorada permite maior liberação de água durante o ciclo, aumentando o teor de sólidos na torta final e possibilitando maior vazão ou menor consumo de energia.

Claro, o polímero deve ser escolhido conforme as características do lodo—teor orgânico, pH e concentração de sólidos. Fabricantes oferecem diferentes pesos moleculares e densidades de carga para atender desde lodos industriais até resíduos domésticos. Testes de jarras em laboratório continuam sendo o caminho mais seguro para selecionar o grau ideal e definir a dosagem correta.

Na prática, o preparo e a injeção são relativamente simples: o CPAM é diluído em solução aquosa e adicionado ao fluxo de lodo pouco antes da desidratação. O segredo está em garantir dispersão uniforme durante a mistura, evitando tanto “subdosagem”, que perde eficiência, quanto “superdosagem”, que pode reestabilizar as partículas e comprometer o resultado.

Em síntese, o Poliacrilamida Catiónica é uma ferramenta poderosa para quem busca desidratação mais eficiente, custos menores e sustentabilidade operacional. Ao integrar o CPAM aos seus processos, a estação de tratamento conquista lodos mais secos, reduzir custos logísticos e avança rumo a uma gestão mais sustentável.