Compreender os fundamentos científicos da eficácia da Ivermectina é fundamental para apreciar seu poder terapêutico. Seu mecanismo de ação e propriedades farmacológicas são complexos e têm sido objeto de extensa pesquisa.

Mecanismo de Ação: A Ivermectina atua principalmente em canais de cloreto ativados por glutamato, que são abundantes nas células nervosas e musculares de invertebrados, mas são em grande parte ausentes ou inacessíveis em mamíferos. Ao se ligar a esses canais, a Ivermectina aumenta sua permeabilidade aos íons cloreto, levando à hiperpolarização da membrana neuronal. Essa interrupção na transmissão do sinal nervoso resulta em paralisia e morte dos parasitas alvo. Ela também apresenta alguma atividade contra receptores GABA em certos invertebrados.

Farmacocinética: Após a administração, a Ivermectina é bem absorvida, especialmente em sua forma de solução oral. É amplamente distribuída pelo corpo devido à sua alta solubilidade em lipídios. No entanto, em mamíferos, geralmente não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica, o que contribui para seu perfil de segurança. O medicamento é metabolizado no fígado e sua meia-vida de eliminação é de aproximadamente 12 horas, embora os metabólitos possam persistir por mais tempo.

Interações Moleculares: A pesquisa elucidou como a Ivermectina se liga a sítios específicos nos canais de cloreto ativados por glutamato, efetivamente travando-os em uma conformação aberta. Esse entendimento detalhado de sua interação no nível molecular é crucial para o desenvolvimento de novos derivados de avermectina e para a previsão da sensibilidade das espécies.

A exploração científica da Ivermectina continua a revelar mais sobre suas interações complexas e potencial. Este mergulho profundo em suas propriedades farmacológicas solidifica sua posição como um composto cientificamente significativo com um modo de ação robusto e bem compreendido contra seus alvos primários.