O metotrexato (CAS 59-05-2) tornou-se, ao longo de décadas, um dos pilares da luta contra o câncer, desempenhando papel-chave como agente quimioterápico. Sua eficácia deve-se à classificação como antifolato e antimetabólito. O coração do mecanismo de ação do metotrexato reside na inibição competitiva da enzima di-hidrofolato redutase (DHFR). Com essa inibição, o fármaco bloqueia a conversão de di-hidrofolato em tetra-hidrofolato, cofator indispensável à síntese de purinas e timidilato, componentes cruciais do DNA. Ao interromper a síntese e o reparo do DNA, o metotrexato afeta selectivamente as células de rápida proliferação—característica típica dos tecidos tumorais—interrompendo o crescimento do tumor.

As aplicações clínicas do metotrexato abrangem um amplo leque de neoplasias. Está indicado em leucemias linfoblásticas agudas, linfomas não-Hodgkini­anos, osteossarcomas e diversos tumores sólidos, como os de mama, cabeça e pescoço, pulmão e bexiga. Pode ser utilizado isoladamente ou associado a outros fármacos, frequentemente em doses mais elevadas do que as empregadas nas doenças auto­imunes. A dosagem do metotrexato e o esquema de administração são rigorosamente planeados de acordo com o tipo e o estádio da neoplasia.

Apesar do potencial antineoplásico, o metotrexato apresenta efeitos adversos significativos, que exigem monitorização e intervenção cuidadas. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão mucosite, mielossupressão e toxicidade orgânica mais grave. Da mesma forma, é fundamental estar atento a interações medicamentosas e à advertência sobre uso na gravidez, garantindo a segurança do paciente. Para profissionais de saúde e pesquisadores interessados neste agente oncológico, a disponibilidade controlada para aquisição reforça a relevância contínua do metotrexato no tratamento e na investigação oncológica.